quarta-feira, 26 de maio de 2010

Manhê!


Ela nasceu no sítio, no interior. Sim tenho a descendência do “pé vermelho”, ou caipira, como preferir e não me envergonho nem um pouco, muito pelo contrário. Veio pra São Paulo ainda criança quando seu pai resolveu tentar a vida na cidade grande. Estudou, fez faculdade de Letras e trabalhou durante muito tempo no Centro Empresarial. Casou, viajou, e depois de dois anos engravidou. Daí eu nasci. =)
Dois dias após o seu aniversário, no auge da balada, às duas horas da manhã, rs. Ela diz que eu me mexia tanto na barriga dela que acabei nascendo com duas voltas do cordão umbilical no pescoço e com um olho arregalado olhando tudo que estava em volta, ou talvez estivesse aliviada de poder respirar... kkkk. Acho que desde essa época eu já era meio impaciente, não gosto nem um pouco de esperar, rs. Apesar de sermos do mesmo signo não temos muita coisa em comum no jeito de ser. Como dizia minha avó ela é meio “pimenta”, às vezes se irrita com pouca coisa e provoca só pra ver. Ela tá sempre perto quando eu preciso de qualquer coisa, e sempre me dá conselhos e o colo quando eu quero chorar. E como acredito, quase toda mãe que tem filho homem, sim ela o defende com unhas e dentes. Já que ele é mais novo que eu então, piorou. O mais velho deve ser sempre o “exemplo” e o mais novo é sempre o “coitado”. Como 99% das mães ela ama Roberto Carlos e não perde um programa de fim de ano da Globo, antes até gravava todos na fita cassete e nunca assistia, rs. Às vezes ri das minhas piadas sem graça, outras me olha torto e faz uma cara que só ela sabe fazer. Sempre manda eu ter juízo quando saio de casa e ligar pra dar sinal de vida, se volto hoje, amanhã, ou só na segunda feira. Os que a conheceram quando ela tinha minha idade dizem que nós somos muito parecidas, tal mãe, tal filha. Agradeço todos os dias por tê-la ao meu lado, e espero que eu já seja ou me torne pelo menos metade do que ela espera de mim. Manhê te amo! ;)

Por: Silvia

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